24 / 09 / 15

ACORDO TERMINA COM MOVIMENTO DE GRUPO DENTRO DA EDUCAÇÃO

Um acordo firmado na manhã desta quinta-feira no Forum de Marechal Deodoro colocou fim ao movimento de um pequeno grupo de servidores da Educação, entre eles, alguns professores que deixaram crianças da rede municipal sem aulas. Estas aulas agora terão que ser repostas. O prefeito Cristiano Matheus estava em seu gabinete quando recebeu um telefonema do Juiz substituto da Comarca de Marechal Deodoro, pedindo para que ele comparecesse à uma reunião urgente. O prefeito foi ao encontro do Juiz, juntamente com o procurador geral do município, o advogado José Soares.  No local, estavam, além do Juiz, o presidente do Sindicato dos Servidores de Marechal Deodoro, Marcos Antonio Medeiros e o advogado do sindicato. Foi colocada a proposta de que o grupo que estava faltando ao trabalho, retornaria imediatamente às suas atividades. Em troca, a prefeitura não descontaria os dias de falta, mas que as aulas seriam repostas, para que os alunos não ficassem sem o conteúdo de aprendizado. E também começaria imediatamente um estudo para uma possível reformulação futura da planilha recentemente alterada do plano de cargos e carreira da educação. O prefeito aceitou a proposta imediatamente. “Não quero nenhuma criança fora de sala”, disse . O presidente do sindicato, Marcos Medeiros disse que nesta sexta-feira fará uma reunião com o grupo para comunicar o acordo. E que na segunda-feira todos estariam de volta ao trabalho. CRONOLOGIA – ENTENDA O CASO: 1) No dia 18 de agosto o Sindicato dos Servidores, através de seu presidente Marcos Medeiros e um representante da Força Sindical, se reúne com o Secretário de Governo do município, Augusto César e o procurador geral, José Soares. E comunicam que a categoria reivindica aumento de salário e melhores condições de trabalho. Eles ouvem a resposta de que os servidores da educação já haviam recebido aumento que variava entre 5,43% e 13,71%, dado de uma só vez sobre a folha de agosto. E retroativo aos meses de maio, junho e julho. 2) No dia seguinte, 19 de agosto, um pequeno grupo pára com carro de som diante da porta da prefeitura e exige aumento de salário e melhores condições de trabalho. O Prefeito Cristiano Matheus vai ao encontro do grupo e diz que está aberto ao diálogo. Mas o movimento continua. A prefeitura divulga Nota Oficial à população explicando que o aumento foi dado e que o poder público mesmo assim se mantinha aberto ao diálogo. 3) No dia 26, o pequeno grupo voltou a se reunir fazendo barulho na porta da prefeitura e passaram a usar um tom mais agressivo em suas falas. 4) No dia 27, eles retornaram e foram ainda mais agressivos 5) No dia 28, o grupo passou a percorrer as ruas do centro histórico. Com coletes, bonés e bandeiras da Força Sindical, alguns deles promoveram baixarias pelas ruas. Na porta da prefeitura foram gritadas palavras de baixo calão. E o mesmo aconteceu na porta da secretaria de educação. A situação causou revolta por parte dos servidores que não se sentiram representados diante de tamanho vexame. 6) No dia primeiro de setembro, a Secretaria de Educação protocolou na sede do sindicato um documento em que detalhou a escala de aumento, a nova tabela do plano de cargos e salários e mais uma vez se colocou à disposição para o diálogo 7) No dia três de setembro, o mesmo grupo de 40 voltou às ruas 8) No dia 18 de setembro, o Juiz Desembargador Fernando Tourinho convocou o Sindicato e a prefeitura para audiência de conciliação no Tribunal de Justiça. O Sindicato não apresentou nenhuma proposta. 9) Na manhã desta quinta-feira (24) , o Juiz Substituto da Comarca de Marechal Deodoro convocou o prefeito Cristiano Matheus para ouvir a proposta de conciliação, o que foi aceito prontamente. Espera-se que na segunda-feira todos os faltosos retomem seus postos.